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Em junho de 1944 foi fundada a COPA (Compania
Panameña de Aviación), por um grupo de investidores panamenhos e pela Pan Am,
que forneceu assistência técnica e econômica, bem como capital. A Pan Am
ficou com 32% da empresa, que iniciou atividades como sua subsidiária
local. O apoio dos EUA, por meio da Pan Am, à
criação da Copa não foi apenas comercial, estava inserido em uma
estratégia geopolítica mais ampla. Desde o início do século 20, os
Estados Unidos controlavam o Canal do Panamá, uma via crucial para o
comércio marítimo global. Manter influência no transporte aéreo local
era um complemento à hegemonia sobre a navegação marítima e também
encarado como uma questão de segurança. No contexto pós-Segunda Guerra
Mundial, os EUA buscavam conter a influência de outras potências na
América Latina. Tanto o governo dos EUA quanto a Pan Am
tinham interesse na criação de subsidiárias locais como forma de
neutralizar o crescimento da SCADTA, vista
pelos americanos como potencial ameaça à segurança do canal e hegemonia
dos EUA na aviação comercial.
A frota inicial era composta por três DC-3,
repassados pela Pan Am. As operações foram
iniciadas em agosto de 1947, entre Panamá, David e Bocas del Toro.
Em 1956 foi inaugurado o primeiro voo internacional, na rota Panamá -
David - Armuelles - San José, na Costa Rica, operado com o DC-3.
A frequência dos voos foi sendo ampliada até chegar a três voos
semanais, em 1966.
Em 1969 a malha foi expandida para Kingston (Jamaica), Manágua
(Nicarágua) e Barranquilla (Colômbia). Para isso a frota foi ampliada e
renovada com aeronaves
HS-748 e
Convair 240. Mais tarde a expansão
internacional foi levada adiante com a inauguração dos voos para
Medellín, Cartagena, San Salvador e Guatemala.
Em 1971 a
Pan Am
vendeu a sua participação para um grupo de investidores
locais e a Copa passou a ser controlada por
panamenhos. Esse movimento foi parte de uma mudança
da estratégia global da Pan Am e do contexto do
mercado. Enquanto a Pan Am começou a enfrentar
maior pressão financeira e realocar o capital para suas principais
rotas internacionais, mais rentáveis. O contexto político de muitos
países latinoamericanos nesse período foi marcado por governos
nacionalistas, que defendiam uma menor influência dos EUA nas empresas
locais.
Em agosto de 1980 Copa recebeu o seu primeiro jato, um
Boeing 737-100. A entrada do
jato alterou a estratégia da empresa, que abandonou os voos domésticos e
passou a focar apenas nos voos internacionais. Nesse sentido, a malha
foi expandida para Porto Príncipe, Santo Domingo, San Juan e Miami.
Em 1986 a Copa foi adquirida pela CIASA, que era controlada por um grupo
de acionistas panamenhos. A mudança de controle marcou o inicio de uma
grande transformação na Copa, com injeção de capital e gestão
profissional para torná-la mais competitiva.
Em 1992 a Copa iniciou uma aliança estratégica com a
Taca e iniciou a sua estratégia de transformar a cidade do Panamá no
"Hub das Américas". O Panamá está posicionado de forma central no
continente americano, a uma distância quase equidistante entre América
do Norte e América do Sul. Essa localização estratégica permite reduzir
o tempo dos voos em conexões entre o norte e o sul. Nesse sentido, a
Copa passou a operar como hub-and-spoke a partir da Cidade do Panamá, o
que se tornou o seu grande diferencial competitivo. No hub-and-spoke a
Copa opera voos diretos para várias cidades, onde os passageiros de
diferentes cidades voam todos para o hub (Panamá) e de lá seguem para o
seu destino final. Dessa forma a Copa consegue operar de forma mais
eficiente, atendendo mais destinos com menos voos e aeronaves. A
companhia começou então a capturar tanto passageiros que não se
incomodavam em fazer uma escala para chegar ao seu destino contanto que
pagassem menos pela passagem, como também passageiros entre um par de
cidades não tinham demanda suficiente para
justificar voos diretos entre si.
Para manter os custos baixos, a Copa adotou uma frota padronizada,
apenas com aeronaves
Boeing 737-200. A medida que o
seu modelo de "Hub das Américas" foi sendo bem-sucedido, a companhia
expandiu sua malha para Havana, Caracas, México, Santiago, Cali, Bogotá,
Quito, Guayaquil, Lima e Buenos Aires.
Em 1997 foi iniciada uma parceria com a
American Airlines. No entanto a parceria durou pouco, o crescimento
rápido da Copa chamou a atenção de outra gigante dos EUA.
Em 1998 a CIASA vendeu 49% da Copa para a
Continental Airlines.
A partir de então as duas companhias iniciaram uma profunda parceria. A Continental
iniciou o treinamento das equipes da Copa, padronizou processos e
compartilhou tecnologias. A empresa americana trouxe o know-how
operacional, sistemas de reservas e vendas mais avançados e padrões
internacionais de segurança, manutenção e atendimento. Para marcar essa
nova fase, a Copa lançou uma nova identidade visual, similar a da Continental.
Além de um amplo acordo de code-share, a Copa passou a utilizar o
programa de fidelidade da Continental.
O principal objetivo da Continental
era expandir sua presença na América Latina e ter acesso ao hub
estratégico do Panamá.
Em 1999 a Copa recebeu o seu primeiro Boeing
737-700, marcando o inicio da renovação da frota com aeronaves
Boeing 737NG.
Em 2000 foi iniciado um novo ciclo de expansão da malha, com a
inauguração dos voos para Cancun, Orlando e Los Angeles. No dia 30 de
junho foram inaugurados os voos para o Brasil, na rota Panamá - São
Paulo, operado pelo
737-700, inicialmente com quatro
frequências semanais. Em 2002 o número de voos para São Paulo foi
ampliado para seis voos por semana.
Em 2004 a companhia anunciou a encomenda de 20 aeronaves Embraer
E-190
para complementar os B737 em rotas de
menor demanda. As primeiras unidades começaram a ser recebidas no ano
seguinte.
Em 2005 a Copa realizou um IPO na bolsa de valores de Nova York, o que
reduziu a participação da Continental
para 27%. No mesmo ano assumiu o controle da AeroRepublica, ampliando
sua presença na Colômbia, e iniciou um acordo de code-share com a
Gol.
Em 2006 a malha continuou sendo expandida com o inicio dos voos para
Córdoba, Guadalajara, Washington e Punta Cana. No Brasil a Copa iniciou
voos para o Rio de Janeiro, em novembro, com o Boeing
737-700, e para Manaus, em março, com o
E-190, se tornando a primeira companhia aérea a operar com um
E-Jet no Brasil.
Em 2007 a expansão continuou com a inauguração das rotas para Santa Cruz
de la Sierra, Aruba e Belo Horizonte.
Em maio de 2008 a Continental
vendeu suas ações restantes na Copa, porém a parceria entre as duas
permaneceu. Após a fusão da United e Continental,
a Copa passou a utilizar o programa de fidelidade da nova
United e também trocou a aliança global SkyTeam
pela
StarAlliance.
Em 2009 a Copa já estava operando dois voos diários para São Paulo, além
de Rio de Janeiro e Belo Horizonte, se firmando como uma das principais
companhias aéreas estrangeiras com voos para o Brasil. A companhia se
tornou uma das preferidas dos brasileiros, principalmente para destinos
na América Central, Caribe e América do Norte. O terceiro voo diário
entre Panamá e São Paulo foi lançado em 2011 e o quarto em 2012.
Em 2011 foram inaugurados voos para Assunção, Toronto, Porto Alegre e
Brasília. No ano seguinte foi a vez de Curaçao, Las Vegas e Recife.
Em 2014 inaugurou voos para Campinas, porém a rota foi cancelada em
dezembro de 2015. Em 2015 a Copa alcançou a marca de 12 voos diários
para o Brasil, sendo cinco apenas para São Paulo. Ainda em 2015 a
empresa fez uma encomenda para 61 Boeing 737MAX.
Em 2015 a Copa encerrou a parceria com o programa de fidelidade da United
e criou seu próprio, denominado ConnectMiles.
Em 2016 lançou uma subsidiária low cost, low fare na Colômbia, a Wingo.
Em 2018 começou a voar para Salvador e Fortaleza e recebeu o seu
primeiro Boeing 737 MAX 9. Porém a pandemia do COVID-19, em 2020, obrigou uma reestruturação das rotas e uma pausa na
expansão da malha. No Brasil, a Copa deixou de voar para Salvador,
Recife e Fortaleza.
Em 2021 o Boeing 737 MAX 9 começou a
operar nos voos para o Brasil.
Em 2024 a Copa voltou a expandir sua malha no Brasil com o inicio dos
voos para Florianópolis.
Evolução da empresa:
Logos antigos:![]() |
Subsidiárias:![]() ![]() ![]() A AeroRepública foi fundada em 1992, na Colômbia, e começou a operar em junho de 1993 com um Boeing 727-100, entre Bogotá, San Andrés, Santa Marta e Cartagena. No ano seguinte a frota começou a ser ampliada e renovada com aeronaves DC-9. Já a malha foi expandida com novos destinos domésticos e voos internacionais para o Caribe e Venezuela. Em 2002 a frota começou a ser renovada com aeronaves MD-80. Em 2005 a AeroRepública foi adquirida pela Copa e passou a operar como sua subsidiária na Colômbia. A frota foi renovada com aeronaves Boeing 737 e E-190. Em 2010 a AeroRepública passou a se chamar Copa Airlines Colombia. Em 2016 a Copa Colombia foi substituída pela Wingo, uma companhia aérea baseada no conceito low cost, low fare. |
Fundação: 21 de junho de 1944
País: Panamá
Principais Aeroportos: Aeroporto Internacional Tocumen
Sede:
Panamá
Códigos:
CMP / CM
Destinos: 89
Destinos no Brasil:
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre,
Florianópolis, Brasília, Manaus
Destinos já operados no Brasil: Campinas, Salvador,
Fortaleza e Recife
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> Histórico de Frota:
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> Aeronaves Utilizadas:
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> Mapa de Rotas:
2022
COPA AIRLINES / COPA COLOMBIA -
2017
COPA / AEROREPÚBLICA -
2010
2005
2001
1994
1982
1973
1960
Atualizado em junho de 2024