Em 22 de dezembro de 1947 foi fundada a TCA (Transporte Carga Aérea Ltda.), em Goiás. A companhia tinha três Douglas C-47 que operavam voos cargueiros especialmente para ajudar a colonização do estado, transportando material e trabalhadores.
Em agosto de 1949 a companhia passou a se chamar Lóide Aéreo Nacional S.A., com objetivo de realizar voos regulares de carga e passageiros. Apesar de anteriormente operar aeronaves C-47, a empresa optou por uma frota de Curtiss C-46. Segundo o empreendedor Hugo Borghi os C-46 foram escolhidos por terem o dobro da capacidade do C-47. A encomenda inicial da empresa consistia em doze unidades. Os voos regulares foram inaugurados em maio de 1950 com o C-46, matriculado PP-LDD, na rota pelo interior Rio - São Luis, com cerca de 10 horas de duração. Posteriormente o tempo de viagem foi reduzido para 8 horas.
Em 1950 a Lóide iniciou um acordo com a LAP e a TABA. Inicialmente as três empresas operaram em consórcio, mas acabaram sendo absorvidas pela Lóide até 1952. Ao todo o consórcio operava para vinte e sete cidades no Brasil. A Lóide tinha uma rota para o sul: São Paulo - Rio de Janeiro - Santos - Paranaguá - Itajaí - Florianópolis - Araranguá - Porto Alegre, operada duas vezes por semana, uma linha para o norte pelo litoral: Rio de Janeiro - Vitória - Ilhéus - Salvador - Aracaju - Penedo - Maceió - Recife - Campina Grande - Carolina - Natal - Mossoró - Fortaleza - São Luis, operada três vezes por semana, e uma rota para o norte pelo interior: Rio de Janeiro - Belo Horizonte - Formosa - Carolina - São Luis, operada duas vezes por semana.
Em setembro de 1950 a companhia inaugurou a rota Rio de Janeiro - São Paulo - Belo Horizonte - Lapa - Fortaleza, uma vez por semana.
Em 1951 a Lóide expandiu sua malha em São Paulo, passando a oferecer a rota São Paulo - Belo Horizonte - Salvador - Fortaleza e São Paulo - Uberaba - Araguarí - Anápolis. No mesmo ano a companhia também iniciou a rota Rio de Janeiro - Belo Horizonte - Uberaba - Araguarí e Rio de Janeiro - Curitiba - Florianópolis - Porto Alegre, uma vez por semana.
Em abril de 1951 inaugurou a rota Rio - Anápolis - Carolina - Santarém - Manaus. A companhia ressaltava que com a nova rota era possível sair do Rio de Janeiro e chegar em Manaus no mesmo dia, num voo de "apenas" 11 horas.
Em 1952 a empresa inaugurou a rota Manaus - São Luis - Fortaleza - Recife, operada duas vezes por semana.
Entre 1950 e 1953 a companhia enfrentou uma sequência de acidentes com suas aeronaves. Em 1950 o PP-LDB se acidentou, seguido do PP-LDC e PP-LPG em 1951, PP-LDE em 1952 e o PP-LDM em 1953.
Em 1954 a Lóide chegou em Rio Branco.
Em abril de 1955 inaugurou a rota Rio de Janeiro - Belo Horizonte - Anápolis - Carolina - Belém - Macapá, num voo que durava 10 horas, operado três vezes por semana.
Em novembro de 1956 a Lóide Aéreo anunciou um acordo com a Panair para as rotas domésticas.
Em abril de 1957 inaugurou a rota Rio de Janeiro - Uberaba - Cuiabá - Porto Velho, com o C-46. Foi também em 1957 que a companhia começou a receber os quadrimotores DC-4. Eles foram empregados na rota que ligava Rio de Janeiro e Manaus. No final de 1958 também passaram a operar na rota Manaus - São Luis - Fortaleza - Recife. Dois DC-4, PP-LEM e PP-LEQ, foram perdidos em acidentes em 1958.
Em agosto de 1958 a companhia recebeu o seu primeiro DC-6. Essas aeronaves eram maiores, mais avançadas e complexas do que os DC-4 que a Lóide vinha operando até então. A intenção da empresa era renovar a frota e aumentar a oferta de assentos, porém logo percebeu que o DC-6 não era adequado para as suas rotas. Os DC-6 nem chegaram a realizar voos regulares e ficaram estocados. Em dezembro do mesmo ano a Panair assumiu as operações do DC-6, que foram empregados em suas rotas internacionais para Europa, substituindo os antigos Constellation. No total os quatro DC-6 encomendados pela Lóide foram subarrendados para a Panair.
Em junho de 1959 a Lóide Aéreo iniciou voos cargueiros para Miami com aeronaves DC-4.
Em janeiro de 1961 a Panair devolveu dois DC-6 para Lóide e em março do mesmo ano os outros dois. A companhia chegou a subarrendar alguns para a Vasp, porém dessa vez resolveu finalmente colocar o DC-6 em operação em suas próprias rotas. Os DC-6 passaram a ser o "flagship" da empresa e a intenção era substituir os antigos DC-4. Apesar de originalmente serem da série DC-6A, para o transporte de carga, a Lóide Aéreo os chamava de DC-6C. Essas aeronaves estavam com uma configuração bem confortável, compatível com voos internacionais. O interior possuía teto dourado, com poltronas divididas em três grupos - cada um com uma cor diferente. No fundo do avião havia a chamada "sala-de-estar", com capacidade para até 8 passageiros, onde era possível conversar ou jogar cartas, numa mesa com luz indireta e plantas. Além disso os banheiros e a Comissaria foram transferidos para a parte dianteira da aeronave, dando mais espaço para a cabine de passageiros. Os DC-6 da Lóide começaram a operar em junho, na rota Rio de Janeiro - Brasília - Manaus. Posteriormente também operaram para Belém, Recife, São Paulo e Porto Alegre. Os DC-6 inclusive chegaram a operar no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
Em outubro de 1961 a Lóide comprou a NAB, porém as duas marcas continuaram operando de forma separada.
Em janeiro de 1962 a companhia foi comprada pela Vasp.

 

Douglas DC-6 da Lóide Aéreo: aeronave, interior, "sala de estar" e banheiro.

Evolução do logo:   Evolução da empresa:   C-47 da TCA C-46 cargueiro Interior do C-46

Fundação: 1947
Encerrou atividades: 1962
Principais Aeroportos: Rio de Janeiro
Sede: Rio de Janeiro
 

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1958

1953

1951

 

 

Atualizado em abril de 2023