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Fokker F-27


O avião que mais próximo chegou à honrosa posição de sucessor do Douglas DC-3 é o Fokker F.27 Friendship.

Junto com suas versões norte-americanas, o F-27 e FH-227 fabricados sob licença pela Fairchild, o tipo foi o turboélice de médio porte mais vendido no mundo.

Essa história de sucesso começa em 1950, com um estudo do fabricante holandês para uma aeronave com capacidade para até 32 passageiros, impulsionada por dois turboélices Rolls-Royce Dart. Com ajuda financeira do governo holandês, o P275 evoluiu para o F.27, que voou pela primeira vez em novembro de 1955.
Este protótipo original era equipado com dois Dart 507s e tinha capacidade para até 28 passageiros. O segundo protótipo teve a fuselagem alongada, com capacidade para até 32 passageiros, e foi equipado com motores Dart 511, mais potentes.
Entre o vôo desses dois protótipos, a Fokker assinou um acordo com a Fairchild, autorizando a construção sob licença nos Estados Unidos.

Fabricado pela Fairchild Hiller, entrou em operação em setembro de 1958 com a West Coast Airlines. Os aviões construídos pelo fabricante americano tinham em relação ao Fokker F.27 Mk100 uma capacidade para até 40 passageiros, maior radome para receber um radar meteorológico e maior capacidade de combustível, mudanças que depois foram também incorporadas pelos holandeses.

A primeira aeronave fabricada na Holanda entrou em operação em dezembro seguinte nas cores da irlandesa Aer Lingus. As versões seguintes foram o Mk200/F.27A com motores mais potentes, o Mk300/F.27B, baseado no Mk100 porém com o piso reforçado para o transporte de carga, assim como o Mk400 baseado no Mk200.
A Fairchild desenvolveu diferentes versões, variando o tipo de motor ou tipo de hélice, conhecidas como F-27F, F-27J e F-27M.
Um novo aumento na fuselagem, de 1,5 metro, deu origem à versão Mk500, lançada comercialmente pela Air France, para o uso na rede postal noturna (Postale de Nuit). Eram equipados com portas de carga em ambos os lados da fuselagem. Esta versão pode levar até 52 passageiros.

A última versão construída foi a Mk600, semelhante à versão Mk200, porém com a instalação da porta de carga dos Mk300 e 400.
Outras versões construídas, em menor quantidade, foram a Mk700 (apenas uma construída, para a Icelandair da Islândia) e as variantes militares Mk400M, Mk500M e F.27 Maritime, esta para missões de patrulha costeira.

No total, foram 586 aeronaves construídas pela Fokker e 208 pela Fairchild, muitas das quais permanecem em operação até hoje.

No Brasil, o tipo também teve sucesso. Iniciou sua carreira na extinta empresa aérea Paraense, com sede em Belém do Pará, que recebeu seis FH-227 a partir de outubro de 1967.
Batizados de Hirondelle, os cinco sobreviventes passaram para a Varig, após a falência da Paraense. Na empresa gaúcha, por cinco anos voaram exclusivamente na Ponte Aérea Rio-São Paulo. Depois, três foram vendidos à Taba e dois à CATA Argentina, onde ainda voam.
A TAM recebeu o primeiro Fokker F.27, PT-LAF, em 1980, inaugurando os vôos entre São Paulo, Ribeirão Preto e S. J. do Rio Preto. A Votec e Rio-Sul, desde 1982.


Fokker 27
Comprimento (m): 23,06
Envergadura (m): 29,00
Altura (m): 8,71
Motores/Empuxo: 2x RR Dart Mk536-7R(2320ehp)
Peso max. decol (kg): 21.772
Vel. cruzeiro: 480km/h
MMO/VMO: 550km/h
Alcance (km): 1.741
Tripulação técnica: 2
Passageiros: 52
Primeiro vôo: 11.1955
Encomendados:
F27(586)
Fairchild F-27(129)
FH-227(78)
Entregues:
F27(586)
Fairchild F-27(129)
FH-227(78)

 

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