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Antonov Airlines

Esta é a única companhia aérea que pertence a um fabricante de aeronaves, em todo o mundo. Fundada em 1989, a empresa especializou-se em serviços charter, especialmente de cargas, embora ofereça nos últimos anos uma maior capacidade em vôos de passageiros, sobretudo para países do Mediterrâneo.
A frota? Não precisamos dizer: Antonov de todos os modelos, alguns raríssimos, como o último An-22 Antei em operação. 





Aerosvit

Companhia aérea privada da Ucrânia, teve um crescimento espetacular nos últimos anos. Nascida em 1994 como operadora de vôos charter para países vizinhos, logo começou a arrendar aeronaves para vôos mais ambiciosos. 
Nos últimos anos, inaugurou serviços para mercados importantes (Toronto, New York) para atender ao constante tráfego étnico entre a Ucrânia e estes países. Sua frota também têm sido modernizada, com o recebimento, em caráter de leasing, de Boeings 767 e 737. 

 



Kras Air

A Krasnoyarsk Avia, ou Kras Air para os íntimos, é uma das maiores empresas aéreas da Rússia. Formada em 1992 como desmembramento da Aeroflot, a Kras Air cresceu sob uma administração mais independente e hoje serve nada menos que 35 destinos domésticos, além de vôos internacionais regulares para Almaty, Baku, Chita, Kiev, Seul, Male, Bangkok, Colombo, Dushanbe e Tashkent. 
Agora você já sabe: não perca tempo, quando você quiser voar para Baku, a sua melhor opção é... Kras Air. 

 


S7 - Sibir Airlines

A companhia aérea que veio do frio. "Empresa de bandeira" da região da Sibéria, opera sob as piores condições climáticas de qualquer companhia aérea do mundo. Fundada em 1992 como desdobramento do colapso da aeroflot, hoje seus Tupolevs e Ilyushins ligam Novosibirsk com pontos na Alemanha, Istambul, Beijing, Dubai, Tel Aviv e mais uma série de destinos intrenacionais. 
A companhia cresceu e prosperou: em 2001 assumiu o controle da Vnukovo, que mantém apenas como uma subsidiária. Incorporou novos equipamentos (ocidentais) e udou de razão social e imagem, adotando o código da IATA (S7) como nova logomarca e depois, como nova razão social. 
A empresa passou por uma dura provação quando um de seus jatos A310-300 acidentou-se em 09/07/2006 após pousar em Irkutsk, Sibéria, Rússia. A aeronave levava 193 passageiros e oito tripulantes e havia partido do aeroporto de Moscou - Domodedovo horas antes. Sabe-se apenas que a pista estava molhada na manhã de hoje, quando o jato acidentou-se. O pouso aparentemente foi normal, mas a aeronave saiu da pista após alguns segundos. O jato saiu dos limites do aeroporto, colidiu com prédios e pegou fogo, matando ao menos 122 dos 201 ocupantes e, acredita-se, alguns moradores dos prédios atingidos.






Transaero

A Transaero foi a primeira empresa não diretamente vinculada a Aeroflot a ser autorizada a realizar vôos regulares na Rússia. 
Serviços internacionais foram lançados em 1993, com vôos para Tel Aviv. Até o final do ano 2000, tinha estendido sua malha para destinos no Oriente e Estados Unidos, inclusive com o arrendamento de aeronaves ocidentais do tipo Boeing 757-200, 767-300ER e McDonnell Douglas DC10-30. O agravamento da situação econômica russa levou ao encolhimento da malha aérea, bem como a racionalização da frota. 
Depois a empresa colocou seu primeiro Airbus A310-300 em operação, logo substituído por um 767-200 arrendado. 




Aeroflot

Em 1923 foi fundada a Dobrolet, uma pequena empresa na então União Soviética operando vôos para Odessa e destinos na Rússia Oriental. Em 1929 a empresa fundiu-se com a Ukvozduchput (de origem Ucrâniana) e mudou seu nome para Dobroflot, adotando finalmente em 1932 o nome atual de Aeroflot. 
Nos anos inicíais, principalmente durante a década de 30, foi dada maior ênfase ao desenvolvimento da malha doméstica. Esta situação permaneceu assim até o final da Segunda Guerra, quando o império soviético começou sua forte expansão.
Em 1956 a Aeroflot foi a segunda empresa no mundo a lançar serviços regulares com aviões a jato, inicialmente na rota Moscow-Irkutsk, do tipo Tupolev 104. Nos anos 50, cresceu vertiginosamente a rede internacional, inicialmente para destinos nos países satélites do Leste Europeu e em seguida para países na Ásia e Africa, também dentro da esfera de influência Soviética. Servir estes países tinha muitas vezes uma conotação mais política do que comercial, quando a Aeroflot tornava-se um mecanismo de influência de Moscow. 
Em 1963 foi realizado o primeiro vôo transatlântico da empresa. Por muitos anos, a Aeroflot foi a maior empresa aérea do mundo: além de atuar no segmento doméstico e internacional, executava também serviços de pulverização agricola, operações de pesquisa, serviços aeromédicos, apoio aéreo para atividades pesqueiras e de navegação marítima. 
Após a dissolução da União Soviética, no início dos anos 90, a estrutura centralizada da Aeroflot foi desmembrada em dezenas de companhias independentes, absorvendo as aeronaves alocadas às antigas regiões. Assim, apenas a divisão situada na matriz da empresa em Moscow, manteve a identidade Aeroflot, mas com uma frota bem mais modesta.
Atualmente responsável por 70% do tráfego internacional da Rússia, é a empresa de bandeira do país, servindo 139 destinos em 70 países. 





Jetstar Asia

Empresa low-cost/low-fare, subsidiária da Qantas, estabelecida em Cingapura. O capital é misto: 49% em mãos da companhia australiana, 32% em poder de dois empresários locais (22% Tony Chew, 10% FF Wong) e 19% nas mãos da Temasek Holdings.
Em 2005 foi anunciada a fusão com outra LCLF local, a Valuair. A nova empresa fica com a identidade da Jetstar, mesmo. A Jetstar Asia já voa para Bangkok e Hong Kong. 




China Airlines

Em dezembro de 1959 um grupo de oficiais reformados da Força Aérea de Taiwan resolveu fundar uma empresa para operar vôos charters. 
Começaram com 2 anfíbios PBY Catalina. Quarenta anos depois, a pequena empresa transformou-se na China Airlines, uma das maiores empresas aéreas do sudeste asiático, empresa de bandeira de Taiwan. 
Em seus primeiros anos de atividade, realizou também vôos de apoio à indústria pesqueira, aerofotogametria e vôos de carga. O primeiro vôo doméstico foi realizado em 1962 entre Taipei e Taichung, usando uma frota composta por modelos Douglas DC-3, DC-4 e C-46. 
Em 1965 a empresa foi eleveda ao status de empresa de bandeira e já no ano seguinte iniciou serviços internacionais entre Taipei e Saigon.
Com a chegada do primeiro Boeing 727-100 em março de 1967, e dos Boeing 707-300 em 1970, iniciou vôos para a costa oeste americana, servido São Francisco (via Tóquio). Em 1978, passou a voar sem escalas com o Boeing 747SP. Cresceu, levada pela pujança da economia de Taiwan: Boeings 747-400, MD-11 e Airbus A300 foram trazidos. 
Criou uma subsidiária, a Mandarin Airlines. Mas teve sempre o peso das relações delicadas com Beijing impedindo seu total desenvolvimento. Os vários acidentes e incidentes sofridos pela China Airlines em nada ajudaram a imagem da empresa. 






Dragonair Hong Kong 

Por iniciativa do presidente honorário da empresa, K Chao, a empresa foi estabelecida em maio de 1985 e em julho do mesmo ano inciaram-se as operações com vôos para Kota Kinabalu. Já no ano seguinte, conseguiu conseção para servir 8 cidades na China continental, e Phuket na Tailândia Em 1990, a Cathay, através do Swire Group, comprou 35% da empresa da família Chao e 38% foram adquiridos pelo grupo CITIC.
A crise de SARS na Ásia em 2003 provou ser brutal para as operações da empresa, que chegou a cortar quase 50% dos vôos. Em alguns dias, as operações chegaram mesmo a ser canceladas. Um desastre.
Depois disso, a companhia retomou seu crescimento, beneficiando-se do espetacular desenvlvimento do transporte aéreo na China. 




Asiana Airlines

Em 1988 o governo coreano determinou a criação de uma segunda empresa de bandeira no país, levando ao surgimento da Air Seoul International, mais tarde rebatizada Asiana Airlines. 
Atualmente a empresa opera uma malha de vôos domésticos e internacionais, cobrindo 44 destinos em 12 países. 
Beneficiada pelo milagroso crescimento econômico da região, a Asiana prosperou e firmou-se como uma das melhores empresas da Ásia, utilizando-se do slogan "The jewel of Asia". 
Sua entrada para a cobiçada Star Alliance solidificou seus serviços e hoje a empresa atravessa uma fase de crescimento consolidado, com excelentes resultados.





Air Macau

A empresa aérea de Macau foi fundada em 1994, mesmo ano da inauguração do aeroporto internacional de Macau, com a cooperação da TAP - Air Portugal, CNAC e do Governo de Macau.
Suas operações foram iniciadas em 1995, com uma frota composta de jatos da Airbus, e hoje abrangem 17 destinos, com mais de 115 vôos semanais. Com a devolução da colônia portuguesa à China, a Air Macau prosperou, a despeito de previsões em contrário, sobretudo por capitalizar seus direitos de tráfego para Taiwan e China Continental: inteligentemente, a companhia oferece ligações entre os lados opostos do Dragão, com escala em Macau de apenas 45 minutos, bastando para tanto a troca de número de vôo. 




Thai Airways International

A história da Thai comecou em 1951, quando o governo comprou três pequenas empresas particulares. Fundindo-as, criou a Thai Airways Company(TAC). 
O rápido desenvolvimento da empresa levou o transporte aéreo para as regiões inóspitas da Tailândia. Com o estabelecimento desta rede doméstica, o governo decidiu então ampliar a área de atuação da empresa: em 1960 associou-se com a Scandinavian Air System(SAS) dando origem a Thai Airways International.
A TAC permaneceu responsável pelo tráfego doméstico, de maneira independente. Nos primeiros seis anos de operação, utilizou-se de aviões a pistão Douglas DC-6B, arrendados da SAS, e em 1967 tornou-se uma das primeiras empresas da região a operar aviões a jato, com o arrendamento de dois Convair 990A, também da SAS. Os primeiros vôos foram para Bali, em dezembro de 1967. 
Já no final de 1970 a empresa era já a terceira maior asiática. A partir daquele ano, expandiu mais ainda sua participação no mercado internacional. 
Destinos como Sydney e Copenhagen (primeiro destino Europeu) foram sendo incluídos na malha.
Com o aumento da demanda, surgiu a necessidade de aviões maiores. Em meados da década de 70 foram arrendados Douglas DC10-30 da SAS e da UTA, até a entrega, em 1977, das primeiras unidades próprias. 
Neste mesmo ano foram entregues os primeiros Airbus A300 e em 1979 chegariam os primeiros Boeing 747. 
Gradualmente a influência e participação da SAS na empresa foi diminuindo: no final daquela década o controle acionáro estava totalmente nas mãos do governo novamente. 
A década seguinte foi uma das mais importantes para a empresa: além do início de vôos trans-Pacíficos para destinos na América do Norte, consolidou-se como uma das principais empresas tailandesas, atuando no setor de hotelaria e de assistência aeroportuária. 
Nesta década fundiu-se com a Thai Airways Company, tornando-se também responsável pelos vôos domésticos no país. Nos anos 90 a Thai ampliou consideravelmente sua participação no mercado internacional, sendo uma das mais conceituadas empresas aéreas do Sudeste Asiático. 
Em 1992, parte de suas ações passou a ser negociada na Bolsa de Valores de Bangkok como parte de um processo de privatização, ainda por ser completado. Em 1995 foi uma das fundadoras, juntamente com a Lufthansa e United Airlines, da Star Alliance, uma das principais alianças globais de empresas aéreas. 
Apesar dos problemas financeiros que abalaram a Ásia recentemente, a Thai atingiu a marca histórica de 35 anos consecutivos dando lucro.





Malaysia Airlines

As origens da Malaysian datam de 1937 quando foi criada a Malayan Airways, operação nascida da cooperação entre a Imperial Airways, Ocean Steamship e Straits Steamship. 
Em 1957, com a independência da Malaya, a empresa aérea foi reorganizada como uma companhia privada, tendo com sócios a QANTAS, BOAC, Borneo Airways e o governo da Federação Malaio-Cingalesa. 
Em 1963, a Malaya passou a chamar-se Malásia e a empresa mudou de nome para Malaysian Airways. Em 1965 foi a vez de Cingapura separar-se da Federação com a Malásia. A sociedade na empresa continuou, adotando-se o nome MSA, Malaysia-Singapore Airlines. 
A MAS surgiu somente em 1971, com a decisão dos governos da Malásia e de Cingapura de desfazer a sociedade na MSA, apenas 5 anos após ter sido estabelecida. Assim, foi fundada em 1971 a MAS - Malaysian Airline System e em outubro de 1972 começaram suas operações regulares, assumindo as rotas da MSA na peninsula da Malásia. 
Com o milagre da expansão dos Tigres Asiáticos, a empresa prosperou e hoje voa para várias partes do mundo, com uma frota bastante moderna. Em 1987, a empresa mudou novamente seu nome, adotando simplesmente o título de Malaysia Airlines. Hoje, a companhia é realmente internacional, servindo mais de cem destinos mundiais. 






Philippine Airlines

Em 1941 um grupo de empresários filipinos liderados por Adres Soriano criou a Philippine Airlines, iniciando suas atividades com vôos entre Manila e Baguio, com um Beech 18. 
Após a Segunda Guerra, as atividades foram retomadas em 1946 com uma frota de Douglas DC-3. 
No final do ano, a empresa recebeu direitos de tráfego para os Estados Unidos, e os vôos foram iniciados em dezembro de 1946, entre Manila e San Francisco. O equipamento usado era o Douglas DC-4. 
Em 1947 comprou sua maior concorrente, a Far Eastern Air Transport, Inc. (FAETI). A ampliação da frota continou no ano seguinte, com a encomenda de alguns Douglas DC-6. 
Em 1948 comprou a Commercial Air Lines Inc (CALI) e tornou-se a única empresa regular do país. Seu primeiro vôo com aviões a jato foi entre Manila e Hong Kong, com um Boeing 707 arrendado da Pan American, no ano de 1961. O desenvolvimento da malha aérea levou à encomenda de novos aviões, inclusive wide-bodies: A Philippine foi uma das primeiras operadoras do Airbus A300B4. 
Em 1992 a empresa foi parcialmente privatizada, com 67% das ações sendo compradas pela PR Holdings, o restante permanecendo em mãos estatais. 
A grave crise econômica que se abateu sobre a Ásia no final da década de 90 atingiu a já debilitada situação da empresa, fazendo com que suas atividades fossem suspensas em setembro de 1998. Algumas semanas depois, retomou os vôos, inicialmente apenas em âmbito doméstico e posteriormente também nos mercados internacionais, porém com uma frota reduzida. 





Garuda Indonesia

Após o término da Segunda Guerra, o serviço de transporte aéreo nas Indias Orientais vinha sendo realizado pela divisão Intra-Ilhas da KLM.
Em 1949, após o término do conturbado processo de independência da Holanda, estabeleceu-se uma cooperação entre a KLM e o governo da Indonésia, visando formar uma nova empresa de bandeira. 
Esta empresa, conhecida como Garuda Indonesian Airways, comecou suas atividades com uma frota de 20 Douglas DC-3 e 8 PBY Catalina, realizando vôos domésticos. 
Em 1954 o controle da empresa foi monopolizado pelo governo e neste mesmo ano inaugurou seus serviços internacionais, com vôos para Cingapura. 
Após a devolução da província de Irian Jaya, na parte oeste da ilha de Nova Guiné, a empresa local De Kroonduif foi absorvida pela Garuda em 1963. Neste mesmo ano, a empresa ingressou na era do jato, com o recebimento dos Convair 990A. colocados nos vôos para Tokyo e Manila. 
Dois anos depois a empresa inaugurou vários destinos na Europa, via Oriente Médio e Norte da África. 
Em 1966 foram entregues os primeiros Douglas DC-8-55, usados nos vôos para Sydney via Bali. No final da década de 70 a Garuda passou a controlar a Merpati Nusantara Airlines, criada pelo governo indonésio em 1962 para atuar no mercado doméstico e regional. A Merpati manteve sua indentidade própria e assim permanece até hoje. 
A crise asiática no fim da década de 90 atingiu em cheio empresa, quase levando-a à falência, que só foi contornada através da racionalização da frota, corte de funcionários e suspensão das rotas menos lucrativas. 



Royal Brunei Airlines

A Royal Brunei foi fundada em 1974 como empresa aérea independente do Sultanato de Brunei, ainda que totalmente de propriedade do governo. 
O primeiro vôo foi realizado em maio de 1975 entre Bandar Seri Begawan e Cingapura. Naquela época o único avião da empresa era um Boeing 737-200, recebido novo de fábrica. 
Pouco menos de três meses após este primeiro vôo, um segundo Boeing 737-200 foi recebido, permitindo a ampliação dos vôos para Hong Kong, Kota Kinabalu e Kuching (Malásia). 
Deu-se um gradativo aumento de sua malha, com a introdução de vôos para Manila, Bangkok, Kualu Lumpur, Jakarta e Darwin. Um terceiro Boeing 737-200 foi recebedido, e por tratar-se de um modelo Combi, permitiu o inicio do transporte de cargas para Brunei, não sendo vê-lo em Hong Kong sendo carregado com carros de luxo de fabricação alemã. 
Foram incorporados à frota em 1986, quatro Boeing 757-200.
A Royal Brunei começou a dar passadas maiores, chegando em 1988 em Dubai e em 1990 foi inaugurado o primeiro destino europeu, Frankfurt, ao qual rapidamente adicionou-se Londres (Heathrow), graças a entrega de três Boeing 767-300ER arrendados. Neste momento a frota da empresa era composta somente pelos tipos B757 e B767, sendo que destes 8 aviões, apenas um era arrendado. 
A Royal Brunei ficou famosa não apenas pelo luxo de suas cabines (seus banheiros tem os metais folheados a ouro, por exemplo) mas também, por muitas vezes criar serviços e vôos mais preocupados em satisfazer as necessidades de transporte do Sultão e de seus familiares do que necessariamente a demanda de mercado.
Além das atividades aéreas, a empresa também controla as atividades de solo (catering, operações) no aeroporto de Bandar Seri Begawan para onde operam também a Singapore, Garuda, Thai e Philippine Airlines, entre outras. 





MIAT Mongolian Airlines

A história da MIAT confunde-se com a história da aviação no país de Ghengis Khan. Em 25 de maio de 1925 chegava ao país o cargueiro Y-13, projetado e construído pelo engenheiro alemão Gugo, e presenteado ao país pelo Governo da União Soviética. Graças a chegada do avião, foi fundada naquela mesma data a Força Aérea da Mongólia.
Em 1946 a Força Aérea criou a Civil Air Transportation Corportarion, embrião da MIAT, utilizando-se de oito aviões para o transporte doméstico entre as principais províncias mongóis. Neste primeiro estágio os vôos não eram feitos de maneira regular, operando de acordo com a necessidade de tráfego.
Dez anos depois, no início de 1956, foram entregues os primeiros cinco Antonov An-2, novos de fábrica e com eles implementados pela primeira vez vôos regulares na malha da MIAT. A expansão da empresa deu-se então de forma lenta ao longo dos anos, com destaque para a malha doméstica, que chegou a ter 130 destinos.
Em 1987 a empresa começou a voar para o exterior e no mesmo ano foi recebido seu primeiro jato, um Tupolev Tu-154 arrendado da Aeroflot. 
A abertura das linhas internacionais levou à intensificação das relações da Mongólia com outros países e a necessidade de que a aviação local atendesse aos padrões internacionais, provocando uma reestruturação da aviação no ano de 1993. Ponto alto do processo foi a criação da MIAT Mongolian Airlines como empresa estatal desvinculada da Força Aérea. A "nova" empresa já nascia com uma frota de 68 aviões, dentre eles um Boeing 727-200 e um Tupolev Tu-154. Em 1994 mais dois 727 foram comprados da Korean Airlines, a preço simbólico diga-se de passagem, e rapidamente colocados nos vôos internacionais da empresa. Em 1996 torna-se membro da IATA.
O grande salto no entanto foi dado em 1998, com o arrendamento de um Airbus A310-300 junto à Airbus. O widebody tornou-se o principal flagship da empresa para vôos internacionais, e seu maior alcance e menores níveis de ruído permitiram a abertura de rotas mais longas, ligando diretamente Ulanbataar (ou Ulan Bator) a destinos na Europa.
A propósito, MIAT significa Mongolyn Irgeniy Agaaryn Teever...




Iraqi Airways

Em 1945 o governo irquiano ampliou a área de atuação da Iraqi State Railway e determinou a criação de uma empresa aérea, complementando a atuação da estatal ferroviária. 
Finalmente em 1946 os vôos foram iniciados, entre Baghdad e Basra, com um de Havilland Rapide. Já no final daquele ano, a empresa havia iniciado serviços internacionais para Beirute, Cairo, Damasco e Lydda. 
Após a entrega do primeiro de três BAC Trident 1E em novembro de 1965, a empresa iniciou vôos para Londres e em meados da década de 70 a Iraqui concluiu um processo de modernização da frota, com a introdução de aparelhos Boeing 707, 727-200 e Boeing 747-200, seus primeiros aviões de fuselagem larga. 
A Iraqi Airways manteve-se em operação, tanto doméstica como internacionalmente, até o conflito do Golfo Pérsico. Com o fim da guerra, as sanções impostas pela ONU determinaram o fim das operações de vôo da empresa. 
Nos anos seguintes, autorizações para vôos domésticos com helicópteros e entre Baghdad e Basra, feitos por Antonovs An-24 foram expedidas, porém mais tarde revogadas pelo Conselho de Segurança da ONU. 
Durante o conflito armado, a frota da empresa foi levada para países vizinhos, entre eles Jordânia e Iran, e lá permanecem até hoje. 
A entrega de cinco Airbus A310-300 encomendados, porém nunca construídos, também continua embargada pela ONU, não havendo previsão para a sua conclusão. A situação mudou agora; com a gradual retirada das tropas norte-americanas e britânicas, a empresa aérea foi reativada, ainda que precariamente, operando com aeronaves da Boeing, arrendadas de outros operadores, em serviços que ligam Bagdá a Amman e Damasco. 






Iran Air

Em fevereiro de 1962 o governo iraniano fundiu as empresas Iranian Airways e Persian Air Services em uma única empresa, com o nome de Iran Air. 
A primeira empresa foi criada como uma companhia privada em 1944 e iniciou seus vôos em maio de 1945, ainda que o primeiro vôo regular tenha sido realizado apenas em maio do ano seguinte entre Teerã e Meshed, levando ao estabelecimento de uma uma extensa malha doméstica, servida por uma frota de 17 Douglas DC-3. 
Vôos para Baghdad, Beirute e Cairo foram inaugurados em 1946. Pouco depois, Paris seria adicionada à malha de serviços como primeiro destino na Europa.
Em 1954 foi fundada a Persian Air Services com uma frota de Avro Yorks. De 1955 em diante, passou a atuar no segmento de vôos cargueiros, entre Teerã e Genebra, em contrato firmado junto à Trans Mediterranean Airways. No inicio da década de 60, arrendou um Douglas DC-6 junto à Sabena para atender a crescente demanda. 
Após a fundação da Iran Air, a empresa manteve a frota das duas predecessoras, e finalmente iniciou vôos com aviões a jato em 1965, com o recebimento dos primeiros Boeing 727-100, que provocaram uma rápida expansão da malha aérea por outras cidades européias. 
Em 1976 a empresa recebeu seus primeiros aviões de fuselagem larga, do tipo Boeing 747-SP, permitindo o início dos vôos para Nova York. 
A queda do Xá Heza Pahlevi, bem como o longo conflito armado com o Iraque, afetaram negativamente a estrutura do transporte aéreo no país. 
A Iran Air conseguiu superar este período e hoje serve 55 destinos, 35 deles em vôos puramente cargueiros. 






Syrianair

A empresa foi criada como uma estatal, destinada a assumir as atividades da Syrian Airways, empresa fundada em 1954. 
Com a união entre a Síria e o Egito, a empresa fundiu-se com a Misrair, dando origem a United Arab Airlines, em 1961. 
Com a dissolução desta empresa, pouco tempo depois, voltou a operar como Syrianair, agora como verdadeira empresa de bandeira da Síria. Já passou por dias melhores, com a expansão gradual e constante de seus serviços ligando Damasco às capitais européias e do Oriente Médio. 
A geopolítica não favoreceu a empresa. A Síria, acusada de abrigar grupos terroristas, entrou para a lista negra do governo Norte-Americano. Foi decretado um embargo para a venda de novas aeronaves no início dos anos 80. 
Assim, a frota da empresa teve de ser composta por equipamentos soviéticos, diminuindo sua capacidade de competir internacionalmente. A agitada política da região, com constantes ameaças e conflitos, afastou os turistas. A empresa perdeu muito com isso.
De qualquer forma, em 1998 a Airbus aproveitou o embargo ianque e conseguiu vender 6 A320-200, usados nas rotas internacionais de maior prestígio. 
Dois veteranos 747-SP, recebidos em 1976, estão pedindo substituição há alguns anos. A empresa ainda não anunciou sua aposentadoria, mas é provável que as aeronaves sejam substituídas por novos Airbus.
Além de vôos domésticos a empresa realiza vôos internacionais para os principais destinos no Oriente Médio, Europa e Ásia. 




Gulf Air

No final da década de 40, o aviador inglês Freddie Bosworth começou a realizar vôos panorâmicos sobre as ilhas do Bahrain, com um Anson Mk 1 com capacidade para até 7 passageiros. 
Pouco tempo depois, seus vôos já eram usados pela população local para deslocar-se entre Bahrain, Doha e Dhahran. 
Investidores locais perceberam a viabilidade da idéia e associaram-se à Bosworth, registrando em março de 1950 a empresa Gulf Aviation Company, que logo aumentou sua frota com um de Havilland Dove e um Auster. 
Graças a contratos com empresas petrolíferas, principalmente charters para funcionários, a empresa cresceu rapidadamente: em meados da década de 50, a BOAC associou-se a ela, trazendo não só mais capital, mas principalmente material humano, com tripulantes e técnicos. 
Em 1968, além de trocar os antigos aviões a pistão por turbo-hélices, a Gulf Air também entrou na era do jato, com a compra de BAC One Elevens. Em 1970 com o recebimento dos primeiros Vickers VC10, a empresa pode inaugurar serviços para Londres. 
Em 1973 os governos de Abu Dhabi, Qatar, Omã e Bahrain compraram as ações da BOAC, e em janeiro de 1974 a Gulf Air, já como empresa de bandeira dos quatro países, adotou sua razão social atual. 
Apesar da saída do Qatar da aliança, a Gulf Air tornou-se uma das principais empresas da região do Golfo Pérsico, com uma densa malha de destinos que vão desde Sydney à Nova York. 






El Al Israel Airlines

Ao final de 1948, ano da criação do Estado de Israel, foi fundada a El Al Israel Airlines, como empresa de bandeira do novo país. 
Com o vôo inaugural, entre Genebra e Tel Aviv em setembro deste ano, estabeleceram-se as bases para o início das operações comercias para Londres, Paris e Roma, com uma frota composta por Curtiss Commando e Douglas DC-4. 
Dois anos depois, foram adquiridos três Constellation, empregados nos vôos para Nova York em 1951. 
A empresa entraria na era do jato em 1961 com o arrendamento provisorio de um único Boeing 707 (o PP-VJB da Varig) e posteriormente, com o recebimento de seus próprios aviões, permitindo a realização de vôos diretos entre Nova York e Tel Aviv. 
O vôo inaugural nesta rota estabeleceu um novo recorde mundial de distância e tempo, cobrindo os 9.300km em 9 horas e 33 minutos. 
Esta, porém, não seria a última vez que a El Al faria história na aviação comercial: em 1984 foi a primeira empresa a realizar um vôo comercial sobre o Atlântico Norte com um bimotor a jato, entre Montreal e Tel Aviv , utilizando-se do Boeing 767-200ER. 
Em 1991, outro feito: durante a Operação Salomão, 1086 judeus etíopes foram evacuados da Etiópia à bordo de um Boeing 747 da empresa. Curiosamente, houve um parto a bordo, e um total de 1087 imigrantes chegaram a Tel Aviv neste vôo histórico. 
Autualmente, a empresa opera uma extensa malha aérea, com mais de 50 destinos em 4 continentes, contando com uma das frotas mais modernas do Oriente Médio. 
Com os acontecimentos recentes, a ElAl agora está concentrada apenas em sobreviver, visto que seu tráfego aéreo internacional acumula uma queda de 55%. 






Indian Airlines

O governo indiano editou em 1953 o Air Corporation Act, para racionalizar e melhor organizar o transporte aéreo doméstico, em vista de sua grande fragmentação.
O resultado prático foi a fundação da Indian Airlines, que absorveu as oito maiores empresas domésticas do país e iniciou operações comerciais em agosto de 1953. 
Nesse momento, a frota da empresa era de 99 aviões, dentre eles Douglas DC-3 e DC-4 e Vickers Vikings, criando de imediato a necessidade de um programa de reequipamento.
Este acabou trazendo os Vickers Viscount e Fokker 27 em 1957 e 1961, respectivamente. Com a chegada dos primeiros SUD Aviacion Caravelle VI-N em 1964, a empresa inaugurou seus serviços a jato. 
Mais tarde a frota foi suplementada pelos HS 748, fabricados sob licença pela Hindustan Aeronautics Ltd. em Kanpur, à partir do final da década de 60. 
Atualmente, a empresa atua como uma organização autônoma do Ministério do Turismo e Aviação Civil, servindo mais de 50 destinos domésticos e 17 cidades na região do sub-continente indiano e sudeste asiático.
O governo indiano tem tentado reduzir sua participação na empresa, vendendo 51% das ações. Porém a péssima imagem da empresa e sua frota, antiga e mal conservada, em nada ajudam nessa tentativa de atrair investidores. 




MEA Middle East Airlines

Em maio de 1945 foi fundada em Beirute, com capital privado, a Middle East Airlines Company SA.
Em novembro, começou a realizar vôos regionais regulares, utilizando-se de aviões Dragon Rapide.
No ano seguinte, foram recebidos alguns Douglas DC-3 e o número de destinos aumentou, com a inclusão de mais algumas cidades no Oriente Médio.
Em 1949 a empresa vendeu à Pan American 35% de participação, em parte paga com mais três Douglas DC-3. 
A parceria com a empresa americana duraria apenas 6 anos. Uma nova sociedade, desta fez com a BOAC, permitiu o aumento da frota com turbo-hélices Vickers Viscount, a partir de outubro de 1955. 
Finalmente em 1960, foram encomendados os primeiros jatos Comet 4C. Os primeiros vôos foram realizados com aeronaves do mesmo modelo, arrendadas da BOAC, antes da entrega dos seus próprios, em 1961. 
Neste mesmo ano, a parceria com a empresa inglesa foi terminada: esta vendeu suas ações para um grupo de investidores libaneses. 
Ainda na década de 60 a empresa fundiu-se com a concorrente Air Liban, que operava vôos para a França e Norte da África. Adotou-se o nome de Middle East Airlines-Air Liban. Alguns anos depois transformou-se em Middle East Airlines, ou simplesmente MEA.
Em dezembro de 1968, a maior parte da frota da empresa foi destruída durante ataque ao aeroporto de Beirute. Aproveitou a necessidade e adquiriu modelos norte-americanos para renovar a frota: os Convair 990 e Boeing 720. 
Durante os 15 anos de Guerra Civil no Líbano, a empresa viu-se forçada à operar precariamente: por exemplo, houve um período em que o aeroporto de Beirute permaneceu fechado por 800 dias. Para garantir sua sobrevivência, durante estes períodos, transferia suas operações para Chipre.
Com a diminuição dos conflitos, iniciou uma nova expansão à partir de 1995, estabelecendo novos serviços, inclusive para o Brasil (2x semana para São Paulo).
Nos últimos anos, modernizou sua frota, desfazendo-se dos veteranos Boeing 720 e 707 e padronizando em novos Airbus. 
Em 1997, cortou rotas menos rentáveis e demitiu 30% de seu pessoal, buscando o tortuoso caminho de volta à estabilidade financeira. Tarefa tão fácil quanto encontrar a paz em sua sofrida terra natal. 




Arkia

A Arkia nasceu como a divisão especializada em vôos domésticos e charter da estatal israelense de aviação, a El Al. Nascida no final de 1949 com o nome provisório de Eilata (significando "Para Eilat"-explicitando sua principal rota) a empresa logo teve seu nome mudado para o atual, e retirado da bíblia, que significa "eu alçarei vôo". Com um pouco de tradução no meio, é em hebreu praticamente o mesmo sentido de El Al, "rumo aos céus". Poético, não?
O primeiro presidente foi Yaacov Hozman, até 1965, e pode-se dizer que nestes anos formativos, foi o verdadeiro esteio da empresa. Assim, em 28/02/1950 decolou o primeiro vôo da empresa, entre Tel Aviv e o primitivo campo de pouso no sul do país, em Eilat, mar vermelho.
Operado por um C-46, (4X-ACT), que juntamente com dois de Havilland Dragon rapide formavam a frota inicial da empresa. A Arkia ligava Tel Aviv e o norte do país com Eilat, que foi construída, em última análise, graças aos vôos da Arkia. Até porquê somente em 1952 uma estrada, ainda que primitiva, passou a possibilitar a ligação por terra, atravessando o deserto de Megev.
Em 1956 a frota foi padronizada nos DC-3/C-47. Em 1958 Rosh Pinna entra no mapa de rotas. Em 1961, os primeiros vôos charter para a Europa, em nome da El Al são realizados. 
1964 marca a abertura dos primeiros hotéis de luxo em Eilat, dando novo impulso às operações da empresa. Para melhorar os serviços, os dois primeiros de 5 Dart Heralds são recebidos. No ano seguinte, é aberta a pista pavimentada mais baixa do mundo (395m abaixo do nível do mar) em Massada, terceiro destino regular da empresa. 
Com o final do conflito dos 6 dias em 1967, a Arkia começou a servir Sharm-El-Sheik, na península do Sinai. Em 1969 chegou o primeiro de seis Vickers Viscount usados, trazidos para fazer frente à demanda crescente. Em 1977, dois BAC 1-11 foram trazidos, mas não se adaptaram bem à empresa. Foram vendidos e as operações da Arkia acabaram ameaçadas em função da crise do petróleo. 
Em 1980 a empresa foi privatizada e vendida. Boeings 737-200 e depois 707 comprados da El Al foram incorporados. Os Dash 7 trazidos mostraram -se ideais para as operações no aeroporto central de Tel Aviv de Sde Dov, sede da empresa. 
Os 757 foram trazidos e em particular, os 2 da versão -300, incorporados em 2000, mostraram mais uma vez o pioneirismo da empresa, segunda compradora do tipo.
Com os conflitos na região enfrentados neste momento, o turismo em Israel caiu mais de 40%, ameaçando a sobrevivência da empresa.

 

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