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Douglas DC-10


Em meados da década de 60 a Douglas havia perdido a concorrência para a construção de um novo cargueiro para a Força Aérea Americana. Com os diversos estudos desenvolvidos neste projeto em mãos, a diretoria da Douglas decidiu lançar uma aeronave comercial de grande capacidade. A American Airlines enviou a alguns construtores uma solicitação para se projetar um avião capaz de transportar até 250 passageiros entre Nova York (La Guardia, com sua pequena pista) e Chicago, e que tivesse também alcance transcontinental. Assim nasceu o DC-10, na forma de um tri-reator de fuselagem larga, com dois motores sob a asa e um localizado sob a deriva. A primeira série de produção, o DC10-10 realizou seu primeiro vôo em agosto de 1970. Entrou em serviço com a American Airlines um ano depois na rota Los Angeles-Chicago. Além da versão de passageiros foi também criada a versão conversível passageiros/carga, conhecida como DC10-10CF. A carreira do DC10 começou a ser manchada com um trágico acidente em Paris, quando mais de 340 pessoas morreram na queda de um série -10 da Turkish Airlines. Descobriu-se que o mecanismo de fechamento da porta de carga desencadeou uma sequência de falhas que acabaram por provocar o desastre. Anos depois, outros acidentes marcaram de vez o modelo, especialmente a queda de uma aeronave da Ameican em Chicago. O DC10 teve seu registro de aeronavegabilidade cassado em todo o mundo. A aeronave nunca mais se recuperou em termos de vendas. O DC10-10 deve continuar muitos anos ainda em operação, visto que recentemente iniciou-se a adaptação de modelos de passageiros para cargueiros: é o padrão MD10F, com portas de carga laterais, piso reforçado e cabine de comando para apenas dois tripulantes, seguindo o padrão de eletrônica embarcada no MD11. A FedEx será a principal operadora deste modelo, e o processo de conversão de todas as unidades previstas ainda deve se estender pelos próximos anos.


McDonnell Douglas DC10-10 / MD10-10F
Comprimento (m): 55,55
Envergadura (m): 47,34
Altura (m): 17,70
Motores/Empuxo: 3x GE CF6-6D/D1 (18.188/18.596)
Peso max. decol (kg): 199.580
Vel. cruzeiro: 982
MMO/VMO: .95
Alcance (km): 5.463
Tripulação técnica: 3
Passageiros: 315
Primeiro vôo: 29.Ago.1970
Encomendados: DC10-10(147), MD10-10F(72)
Entregues: DC10-10(147), MD10-10F(3)

A versão -15 foi desenvolvida a pedidos das empresas Aeromexico e Mexicana, para operar com pesos máximos em aeroportos altos e quentes. Para esta versão foi usada a célula básica do DC-10-10 com motores CF6-6D pelos CF6-50C2F mais potentes. A Transair International operou com um série-15 no Brasil, registrado PP-OOO.


O DC-10-30 realizou seu primeiro vôo em junho de 1972, sendo esta a versão desenvolvida para vôos de longo alcance. Possui tanques extras de combustível e asas maiores, com 3 metros a mais na envergadura. Devido aos maiores pesos operacionais, foi instalada mais uma unidade central de trem de pouso, característica visual que o diferencia das séries anteriores. As primeiras entregasforam feitas à KLM e Swissair. Ao longo dos anos, outras versões foram desenvolvidas, como o DC-10-30ER com tanques de extras de combustível, o DC10-30CF, versão conversível de passageiros/cargas e o cargueiro puro, DC-10-30F. Foi desta versão a última aeronave DC-10 a ser produzida. O DC-10-30 teve a primazia de ser o aparelho que introduziu a geração wide-body no Brasil, com a chegada do PP-VMA da Varig em 1974. A Vasp e a Skyjet também operaram com o modelo em outras épocas.


McDonnell Douglas DC10-30 / MD10-30F
Comprimento (m): 55,50
Envergadura (m): 50,42
Altura (m): 17,70
Motores/Empuxo: 3x GE CF6-50A (22.226kg)
Peso max. decol (kg): 263.636kg
Vel. cruzeiro: 982
MMO/VMO: .95
Alcance (km): 9.908
Tripulação técnica: 3
Passageiros: 250
Primeiro vôo: Jun.1972
Encomendados: DC10-30(221), MD10-30F(3)
Entregues: DC10-30(221), MD10-30F(2)
Em operação: DC10-30(160), MD10-30F(2)




Idêntica à versão -30, inicialmente desigando DC-10-20,a principal diferença da série -40 é ser impulsionada por motores PW JT9-59A. Foi encomendada e operada pela JAL e Northwest Orient Airlines, realizando seu primeiro vôo em fevereiro de 1972. Pode ser diferenciada externamente pela tomada de ar de maior diâmetro, instalada no motor de cauda.

 

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