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Boeing 787


Desde o surgimento do Airbus A330, as vendas de seu concorrente direto, o Boeing 767, começaram a sofrer. Com a Airbus tomando da Boeing a liderança em vendas, no ano 2000, o fabricante norte-americano decidiu que era hora de reagir. Trabalhando junto às maiores empresas aéreas do planeta, começou a desenhar os primeiros esboços de uma nova aeronave.

O 787 foi lançado em abril de 2004, com um pedido de 50 aviões da ANA (All Nippon Airways). Air New Zealand, First Choice Airways, Blue Panorama, Primaris Airlines, Japan Airlines, Continental Airlines e Vietnam Airlines também estavam entre os 14 clientes iniciais anunciados do 787. A produção do 787 começou em 2006. O primeiro vôo deve ocorrer em meados de 2007 com certificação, entrega e entrada em serviço em 2008.

A família de aviões 787 de 200 a 300 assentos vai transportar passageiros em rotas de 3.500 a 8.500 milhas náuticas (6.500 a 15.200 quilômetros). O 787 usará 20% menos combustível que os aviões atuais do mesmo tamanho e oferecerá aos clientes 45% a mais em capacidade de carga. Os passageiros terão inovações significativas como um novo interior com o ar mais úmido (que aumenta a sensação de conforto); assentos e janelas mais amplas e conexões elétricas em praticamente todas as poltronas.

Além de trazer o alcance dos grandes jatos para os aviões médios, o 787 voará a Mach 0.85, tão rápido quanto os mais rápidos aviões comerciais de hoje, usando muito menos combustível. A família 787 oferece dois tipos de motor, o GENX (GE Next Generation) da General Electric ou o Trent 1000 da Rolls Royce.

Até dezembro de 2008, nada menos que 784 Boeing 787 foram encomendados por mais de 40 empresas, um volume de vendas que somadas representam mais de 70 bilhões de dólares.

Aí veio a maior crise econômica do pós-guerra e, de quebra, uma sonora greve dos funcionários da Boeing, o que atrasou o programa do Dreamliner em aproximadamente um ano - e ceifou 64 encomendas do tipo.

Inicialmente seriam três os modelos básicos do 787: 787-3, de fuselagem alongada e alcance médio. O 787-8 de ultra longo alcance e o 787-9, este o maior deles em tamanho, otimizado para etapas longas. Atualmente, todas as encomendas do 787-3 foram convertidas em 787-8, o que provavelmente levará ao encerramento dessa versão. Está em estudos também a versão 787-10, mais longo, com capacidade entre 290 e 310 passageiros, planejado para competir com o A350-900, mas ainda não foi oficialmente lançado.

A produção e desenvolvimento de um avião com elementos tão inovadores quando o 787 não pode passar sem problemas técnicos de grande monta, como os passados em meados de 2009 e começo de 2010, em que os padrões de qualidade de peças produzidas com materiais compostos estavam abaixo do necessário.

O teste de voos do 787-8 segue à toda velocidade possível: são seis aviões de teste, voando quase 24 horas ao dia. O primeiro cliente, a ANA, deverá receber seu primeiro Dreamliner no primeiro trimestre de 2011.

Ficha Técnica:
Comprimento: 57,00m
Envergadura: 60,00m
Altura: 17,00m
Motores/Empuxo: GEnx ou Trent 1000
Peso max. decolagem: 219,540 kg
Velocidade de cruzeiro: 0.85
MMO/VMO: 0.88
Alcance: 15,200km
Tripulação Técnica: 2
Passageiros: 210-250

 

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