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Boeing 727


No ano de 1965, a Boeing realizava estudos preliminares para criar um jato de curto/médio alcance, capaz de operar nas pistas existentes na época.
Além disso, deveria ter uma capacidade maior que a dos concorrentes Caravelle e DC-9, porém menor que a dos DC-8 e CV880.
Precisava também oferecer menores custos de operação e manutenção, alta velocidade de cruzeiro e a capacidade de realizar seguidos vôos com curtos intervalos de tempo.
Com toda esta lista de exigências, os engenheiros da Boeing encararam o desafio e anunciaram em dezembro de 1960 o Boeing 727, lançado com uma encomenda inicial 80 unidades para a United Airlines e Eastern.

O primeiro protótipo teve seu roll-out em novembro de 1962 e fez seu primeiro vôo em 9/2/63.
Não só atendeu todas as necessidades do mercado, como também fez história, a começar pela sua asa. De concepção super-crítica, um conceito totalmente revolucionário na época, seus flaps tipo Fowler aumentavam drasticamente a sustentação à baixas velocidades, permitindo menores velocidades de aproximação e portanto, pousos em pistas curtas.
Outras novidades compreendiam o uso dos motores Pratt & Whitney JT8D, desenvolvidos especialmente para o 727 e que vieram a se tornar um dos motores mais vendidos na história da aviação comercial.

O primeiro vôo comercial com o 727-100 foi realizado pela Eastern em fevereiro de 1964. Ao todo 571 unidades foram construidas, nas versões passageiro (B727-100), cargueiro (-100C) e de conversão rápida passageiro/carga (100 QC).
Utilizaram-se do modelo no Brasil a Vasp (dois cargueiros arrendados da Lufthansa por pouco tempo, matriculados PP-SRY e PP-SRZ), Cruzeiro, Transbrasil, TNT SAVA, Digex e Itapemirim.

A Transbrasil chegou a operar simultaneamente 19 aeronaves, a maior frota do tipo da América Latina.
Hoje em dia, voam no Brasil apenas 5 veteranos da Varig (incluindo-se entre eles os dois primeiros entregues, o PP-VLD e o PP-VLE), utilizados exclusivamente em vôos cargueiros.


Boeing 727-100
Comprimento (m): 40,59
Envergadura (m): 32,92
Altura (m): 10,36
Motores/Empuxo: 3x PW JT8D-1/-7/-9 (6.350/6.350/6.575)
Peso max. decol (kg): 78.900
Vel. cruzeiro: x
MMO/VMO: x
Alcance (km): x
Tripulação técnica: 3
Passageiros: 110
Primeiro vôo: 09.Fev.1963
Encomendados: 571
Entregues: 571
Em operação: 253





A Boeing deu continuidade ao sucesso do 727-100 desenvolvendo um novo modelo, de fuselagem alongada, motores mais potentes e um aumento significativo no peso máximo de decolagem. Esta versão, conhecida como B727-200, voou pela primeira vez em julho de 1967 e realizou seu primeiro vôo comercial nas cores da Northwest no final do mesmo ano.

Em 1971, a Boeing lançaria mais um desenvolvimento da série, o B727-200 Advanced, equipada com tanques adicionais de combustível (aumentando o alcançe em aproximadamente 1300 km), refinamentos aerodinâmicos e cabine com instrumentação melhorada.
A última versão do 727-200 a ser produzida foi a cargueira, com capacidade para até 26.650kg de carga paga, entregue incialmente para a Federal Express.

Quando o último modelo foi entregue para a Fedex em 1984, um total de 1832 jatos havia deixado as linhas de produção da Boeing, o que fez do 727 a aeronave a jato mais vendida da história, posição perdida para o Boeing 737 somente muitos anos mais tarde.

No Brasil, as extintas AirVias e Itapemirim operaram com o tipo. Hoje, ainda é possível vê-los operando nas cores da Vaspex, Total Cargo, Via Brasil, Fly e VarigLog.


Boeing 727-200
Comprimento (m): 46,69
Envergadura (m): 32,92
Altura (m): 10,36
Motores/Empuxo: 3x PW JT8D-11 (6.804kg)
Peso max. decol (kg): 79.300
Vel. cruzeiro: 963
MMO/VMO: .90
Alcance (km): 3.963
Tripulação técnica: 3
Passageiros: 189
Primeiro vôo: xx.Jul.1967
Encomendados: 1260
Entregues: 1260
Em operação: 819

 

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