Frota - Real-Aerovias-Nacional

 

> Frota/Ano:

 
Aeronave 1946 1947 1948 1949 1950 1951 1952 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959 1960 1961

Real (até 1955) / Consórcio Real-Aerovias-Nacional (a partir de 1956)

Aero Commander

 

                   

 

  2 2 2
Bristol 170

2

2                            
Curtiss C-46           4 4       16

10

10 10 12 10
Douglas DC-3/C-47

3

10 20 20 24 24 24 26 29 32 78

88

89 84 82 69
Douglas DC-4

 

                  4

4

3 3 2  
Douglas DC-6                               5
Convair 340                     6 6 6 6 6 6
Convair 440                     2 7 14 14 14 7
Lockheed L1049                           4 4 4
TOTAL: 5 12 20 20 24 28 28 26 29 32 106 115 122 123 122 103

 

 
Aeronave 1942 1943 1944 1945 1946 1947 1948 1949 1950 1951 1952 1953 1954 1955

Aerovias Brasil

Convair 340                         6 6
Curtiss C-46                   3 3 2    
Douglas DC-2       2 2 2                
Douglas DC-3/C-47       6 6 6 15 19 19 24 26 29 29 29
Douglas DC-4                   3 3 3 3 3
Fairchild 71     2                      
Lockheed L12     2                      
Lockheed L14 2 1 1                      
TOTAL: 2 1 5 8 8 8 15 19 19 30 32 34 38 38

 

 
Aeronave 1946 1947 1948 1949 1950 1951 1952 1953 1954 1955

Transportes Aéreos Nacional

Curtiss C-46         2 2 2 4 4 9
Douglas DC-3/C-47 2 2 6 6 6 9 20 27 27 28
TOTAL: 2 2 6 6 8 11 22 31 31 37

 

 

> Histórico da frota:

Lockheed 12/14
(1944-1945) / (1942-1945)

Os bimotores Lockheed L14, conhecidos como "Super Electra”, foram as primeiras aeronaves operadas pela Aerovias Brasil. As duas primeiras unidades, PP-AVA e PP-AVB, chegaram no Brasil ainda com as cores e a matricula da TACA, em maio de 1942. Os primeiros voos foram voos fretados de carga para os Estados Unidos. Os L14 transportaram em junho daquele ano quartzo e minerais da região de Goiás, destinados à fabricação de lentes. A manutenção das aeronaves ficou sob a responsabilidade da TACA, que ficava baseada em na Costa Rica.

Em abril de 1943 o PP-AVA de acidentou em Bom Jesus da Lapa e a frota da companhia ficou reduzida apenas ao PP-AVB, que continuou realizando voos irregulares para os EUA até 1945, quando foi substituído pelos DC-3.

Em 1944 a Aerovias Brasil recebeu dois Lockheed L12, conhecidos como "Electra Junior", matriculados PP-AVE e PP-AVF. Com essas aeronaves foi possível a expansão da malha até o Maranhão e Pará. Em 1945 os Lockheed L12 foram substituídos por DC-3.

Os L14 são uma versão alongada do Lockheed L10, capaz de transportar mais passageiros. Ele foi projetado para competir com o DC-2. Já o L12 é uma versão encurtada do L10, com objetivo de fazer voos regionais de menor demanda.

 

Lockheed L14
Passageiros:
12 ou 2 ton de carga
Comprimento: 13,51 m
Envergadura: 19,96 m
Altura: 3,48 m
Motores: 2x Pratt & Whitney Hornet
Velocidade: 270 km/h
Alcance: 1370 km
Matrículas: PP-AVA e PP-AVB
Total de Aeronaves Operadas: 2

Lockheed L12
Passageiros:
6
Comprimento: 11,07 m
Envergadura: 15,09 m
Altura: 2,97 m
Motores: 2x Pratt & Whitney R-985 Wasp Junior SB
Velocidade: 270 km/h
Alcance: 1300 km
Matrículas: PP-AVE e PP-AVF
Total de Aeronaves Operadas: 2

 

Fairchild 71
(1944-1945)

O Fairchild 71 foi a segunda aeronave operada pela Aerovias Brasil, que recebeu duas unidades em 1944, PP-AVC e PP-AVO. Os Fairchild, juntamente com os Lockheed L12, inauguraram a rota Rio de Janeiro - Uberaba - Goiânia - Anápolis - São José do Tocantins - Peixe - Porto Nacional - Tocantins - Pedro Afonso - Carolina - Belém. Os Fairchild também operaram no interior de Minas Gerais, Maranhão e Pará, transportando passageiros e carga em voos fretados.

Em 1946 a Aerovias Brasil finalmente iniciou os voos regulares no Brasil e começou a ligar toda a costa do Brasil, desde Porto Alegre até Belém. Além disso, a Aerovias Brasil ainda atendia Miami, Paramaribo, Port of Spain, Caracas e Ciudad Trujillo.

O Fairchild 71 era um monoplano versátil, projetado para aviação militar ou civil. Era capaz de levar passageiros ou carga e pousar em terra ou na água.

 

 Total de Aeronaves Operadas: 2
Passageiros: 6
Comprimento: 10,93 m
Envergadura: 15,39 m
Altura: 2,84 m
Motores: 1x Pratt & Whitney Wasp
Velocidade: 175 km/h
Alcance: 1314 km
Matrículas: PP-AVC, PP-AVO

 

Douglas DC-3/C-47
(1946-1961)

Douglas DC-2 / DC-3/C-47
(1945-1948) (1945-1961)

A Aerovias Brasil recebeu em 1945 dois DC-2, PP-AVG e PP-AVH, e seis DC-3, PP-AVI, PP-AVJ, PP-AVK, PP-AVL, PP-AVM e PP-AVN, para renovar a frota. Os DC-3 foram os responsáveis por inaugurar o primeiro voo regular para os Estados Unidos de uma companhia aérea brasileira. O voo partia do Rio de Janeiro e durava 3 dias! para ser completado.
Nos três anos seguintes a
Aerovias Brasil adquiriu mais nove DC-3, mas vendeu os seus dois DC-2 em 1948.

Já na Real, o DC-3 foi a primeira e a aeronave que a empresa tinha em maior quantidade, era a espinha dorsal da frota. Muitos aeroportos brasileiros e linha aéreas foram criadas com o DC-3. O Consórcio Real-Aerovias-Nacional operou nada menos que 99! unidades do modelo.
O primeiro voo da
Real aconteceu com um DC-3, matriculado PP-YPA, que realizou o voou inaugural entre São Paulo e Rio de Janeiro. A companhia soube aproveitar a grande oferta de aviões excedentes da Segunda Guerra Mundial com preços atrativos e ampliou a frota rapidamente. Além disso a Real apostou em passagens mais baratas e marketing agressivo para atrair os passageiros e encher seus voos. Com isso a Real expandiu sua frota para mais de vinte DC-3.
Outra forma de expansão encontrada pela
Real foi a aquisição de outras empresas. A primeira grande aquisição foi em 1954, com a compra da Aerovias. Em 1956 a Real fez uma nova grande aquisição com compra da Nacional. Em 1957 a frota de DC-3 alcançou 88 unidades, uma das maiores do mundo na época.
Mesmo com tantas aquisições a
Real se esforçava para padronizar a frota. Um exemplo foi em 1948, quando comprou Linhas Aéreas Wright mas vendeu toda a frota de Lockheed Lodestar para adquirir mais DC-3.
Mesmo podendo operar o DC-3 por muitos anos, a
Real já havia selecionado um substituto, o Convair 340/440. As primeiras unidades começaram a chegar em 1954, porém a frota de DC-3 era muito grande e levaria um bom tempo até ser totalmente substituída. Os DC-3 continuaram operando na frota da empresa até a compra pela Varig em 1961.

DC-3 ou C-47? Na verdade os dois nomes referem-se a mesma aeronave. O DC-3 é a denominação comercial, enquanto C-47 é a denominação militar. A mudança de nome deve-se a modificações necessárias para adaptar a aeronave para uso militar. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o mercado de aviação comercial foi inundado com milhares de C-47 excedentes da guerra, que foram adquiridos pelas companhias aéreas em todo o mundo.

 

 Total de Aeronaves Operadas: 99
Comprimento:
19,66 m
Envergadura: 28,96 m
Altura: 5,60 m
Motores:
2x PW
Velocidade de cruzeiro: 240 Km/h

Passageiros: 28 ou 30
 

Matricula

Modelo

Origem

Destino

PP-AKA

C-47A-DL

 

Varig

PP-AKB

C-47B-DK

 

FAB

PP-AKD

C-47A-DL

Meteor Air Transport

FAB

PP-ANA

C-47A-DL

uso privado

Transbrasil (PP-ASQ)

PP-AND

C-47-DL

ex PP-BRA  Linhas Aéreas Brasileiras

Sadia

PP-ANE

C-47B-DK

Nacional

Nacional

PP-ANF

C-47A-DL

Transportes Aéreos Sul Americanos

Argentina

PP-ANG

C-47-DL

 

Varig

PP-ANI

C-47B-DK

Linha Aérea Transcontinental Brasileira

destruído

PP-ANM

C-47-DL

ex PP-KAB VIABRAS

Argentina

PP-ANN

DC-3-228

ex PH-BHE Viaçao Aérea Bahiana

Varig

PP-ANP

C-47-DL

ex PP-IBB Central Aérea

Varig

PP-ANQ

C-47A-DL

ex PP-SDE VASD

FAB

PP-ANR

C-47-DL

ex PP-IBA Central Aérea

FAB

PP-ANS

C-47-DL

ex PP-KAA VIABRAS

Argentina

PP-ANT

C-47A-DL

ex PP-KAD VIABRAS

Varig

PP-ANW

C-47B-DK

 

FAB

PP-ANX

C-47A-DK

Rainier Air Freight Lines

destruído

PP-ANY

C-47-DL

uso privado

FAB

PP-ANZ

C-47A-DL

uso privado

FAB

PP-AVI

C-53-DO

TACA

Argentina

PP-AVJ

C-53-DO

TACA (Costa Rica)

Varig

PP-AVK

C-53-DO

ex PP-AVK AV Brasil

FAB

PP-AVL

C-47A-DL

US Air Force

destruído

PP-AVN

C-47B-DK

US Air Force

Varig

PP-AVP

C-47A-DL

TACA (Costa Rica)

uso privado

PP-AVQ

C-53D-DO

TACA

devolvido

PP-AVS

C-47A-DL

US Air Force

destruído

PP-AVT

C-47A-DK

TACA (Costa Rica)

Varig

PP-AVU

C-47A-DL

TACA (Costa Rica)

devolvido

PP-AVV

C-47B-DK

Caribbean Line

Transbrasil (PP-ASO)

PP-AVW

C-47-DL

 

Argentina

PP-AVY

C-47A-DK

US Air Force

Sadia

PP-AXD

C-47A-DK

ex PP-ACA Empresa de Transporte Aéreo Brasileiro

destruído

PP-AXE

C-47A-DK

ex PP-ACB Empresa de Transporte Aéreo Brasileiro

FAB

PP-AXF

C-47A-DK

ex PP-ACC Empresa de Transporte Aéreo Brasileiro

FAB

PP-AXI

C-47A-DK

uso privado

uso privado

PP-AXJ

C-47-DL

uso privado

destruído

PP-AXK

C-47A-DK

uso privado

FAB

PP-AXL

C-47A-DL

uso privado

Varig

PP-NBJ

DC-3A-345

ex PP-AXW AV Brasil

Argentina

PP-XAS

C-47A-DL

US Air Force

Valadares Vasconcellos

PP-XDE

C-53D-DO

TWA

virou PP-YPY

PP-XDI

C-53D-DO

TWA

virou PP-YPZ

PP-YPA

C-47A-DL

ex PP-XAS

Israel Defence Force

PP-YPB

C-47A-DK

ex PP-XAT

devolvido

PP-YPC

C-47B-DL

US Air Force

Varig

PP-YPG

C-47A-DK

Southern Airlines

devolvido

PP-YPH

C-47-DL

US Air Force

devolvido

PP-YPI

C-47-DL

US Air Force

Varig

PP-YPJ

C-47A-DL

  Varig

PP-YPK

C-47A-DL

  Varig

PP-YPL

C-47-DL

 

Fuerza Aérea Boliviana

PP-YPM

C-47-DL

ex PP-XBP

destruído

PP-YPN

C-47-DL

 

FAB

PP-YPO

C-47A-DL

 

Varig

PP-YPP

C-47A-DL

uso privado

uso privado

PP-YPQ

C-47A-DK

ex PP-XCD

uso privado

PP-YPR

C-47A-DL

 

uso privado

PP-YPS

C-49E-DO (DC-3/DST)

American Airlines

Transportes Aéreos Salvador

PP-YPT

C-47A-DK

ex PP-JAA Linhas Aéreas Natal

Varig

PP-YPU

C-47A-DK

ex PP-JAB Linhas Aéreas Natal

Varig

PP-YPV

C-47A-DK

ex PP-JAC Linhas Aéreas Natal

Argentina

PP-YPW

C-47A-DK

ex PP-JAD Linhas Aéreas Natal

Servicios Aéreos Cochabamba

PP-YPX

C-47A-DL

ex PP-BLC Taba

destruído

PP-YPY

C-53D-DO

ex PP-XDE

uso privado

PP-YPZ

C-53D-DO

ex PP-XDI

destruído

PP-YQA

C-47A-DK

ex PP-XES

Argentina

PP-YQB

C-47A-DK

ex PP-XEP

Argentina

PP-YQF

C-47B-DK

Linha Aérea Transcontinental Brasileira

devolvido

PP-YQG

C-47B-DK

Linha Aérea Transcontinental Brasileira

devolvido

PP-YQH

C-47B-DK

Linha Aérea Transcontinental Brasileira

Peru

PP-YQJ

C-47A-DK

American Overseas

Argentina

PP-YQK

C-47-DL

US Air Force

destruído

PP-YQL

DC-3-228

ex PP-BHD Viaçao Aérea Bahiana

Argentina

PP-YQM

C-47B-DK

ex PP-PCV Panair do Brasil

Argentina

PP-YQN

DC-3-178

uso privado

Varig

PP-YQO

DC-3-277C

ex PP-SQL Vasp

uso privado

PP-YQP

C-47B-DK

 Nationwide Air Transportation

uso privado

PP-YQQ

C-47-DL

uso privado

Varig

PP-YQR

C-47A-DL

uso privado

uso privado

PP-YQS C-53-DO United Aéronorte

 

Bristol 170
(1946-1948)

A Real foi a única a operar esse modelo no Brasil. Após um voo de demonstração, que passou pelo Rio de Janeiro, São Paulo e Buenos Aires, a companhia decidiu encomendar três unidades. O Bristol 170 foi criado como alternativa ao Douglas DC-3 e sua fuselagem é adaptada para a função de cargueiro.
O primeiro a chegar no Brasil foi o PP-YPD e começou a voar na rota Rio de Janeiro - São Paulo - Curitiba, em novembro de 1946. No entanto a Real começou a enfrentar diversos problemas com a aeronave como alto nível de ruído na cabine, goteiras sobre as poltronas em dias de chuva e características de voo inferiores às esperadas.
Em outubro de 1947 os dois Bristol foram retirados de serviço oficialmente. Como não se encontravam mais em condições de voo, eles foram desmontados e vendidos como ferro-velho.

 Total de Aeronaves Operadas: 2
Passageiros: 36
Comprimento: 22,4 m
Envergadura: 32,92 m
Altura: 7,62 m
Motores: 2x Bristol Hercules 734
Velocidade máxima: 362 km/h
Alcance: 1320 km
Altitude de cruzeiro: 7470 m
Matrículas: PP-YPD, PP-YPE

 

Curtiss C-46
(1951-1961)

A Real operou quatro Curtiss C-46 entre 1951 e 1953, matriculados PP-YQC, PP-YQD, PP-YQE e PP-YQI. O C-46 é uma aeronave maior que o DC-3 e era bem popular no Brasil durante os anos 40 e 50. Mas a Real acabou optando por padronizar a frota apenas com aeronaves DC-3. Porém, com a compra da Nacional e da Aerovias, o consórcio voltou a operar o C-46, que permaneceu na frota da empresa até 1961.

Já a Aerovias Brasil começou a operar três Curtiss C-46, PP-AXN, PP-AXO e PP-AXP, também em 1951 com o objetivo de usá-los para o transporte de carga entre o Brasil e os Estados Unidos. Porém essas aeronaves ficaram pouco tempo na frota. O PP-AXN saiu da frota em 1953, enquanto os outros dois deixaram a frota no ano seguinte.

A Nacional começou a operar o C-46 após adquirir outras empresas. A sua frota de C-46 cresceu de forma significativa em 1955, após a compra  da Cia. Itaú Transportes Aéreos.

 Total de Aeronaves Operadas: 18
Comprimento: 23,27 m
Envergadura: 32,92 m
Altura: 6,60 m
Motores: 2x PW

Velocidade de cruzeiro: 280 Km/h

Passageiros: 46

Matricula

Modelo

Origem

Destino

PP-AKE

C-46A-CU

 

Varig

PP-AKF

C-46A-CK

 

destruído

PP-AKG

C-46A-CU

 

Varig

PP-ASL

C-46A-CU

ex PP-LEB Loide Aéreo Nacional

Sadia

PP-ASM

C-46A-CU

ex PP-LEE Loide Aéreo Nacional

Sadia

PP-ITA

C-46A-CK

Itau Varig

PP-ITB

C-46A-CK

Itau Varig

PP-ITC

C-46A-CK

Itau Varig

PP-ITE

C-46A-CK

Itau

Varig

PP-ITJ

C-46A-CK

ex PP-LDW Loide Aéreo Nacional

Varig

PP-NBN

C-46A-CU

ex PP-LEF Loide Aéreo Nacional

Varig

PP-NBO

C-46A-CU

ex PP-LDZ Loide Aéreo Nacional

Varig

PP-NBP

C-46A-CK

ex PP-LEJ Loide Aéreo Nacional

Varig

PP-YQC

C-46A-CU

 

Airlift Int'l

PP-YQD

C-46A-CU

 

devolvido

PP-YQE

C-46A-CU

 

Varig

PP-YQI

C-46A-CU

 

Varig

  

Douglas DC-4
(1951-1960)

Em julho de 1951 a Aerovias Brasil recebeu os três primeiros Douglas DC-4, matriculados PP-AXQ, PP-AXR e PP-AXS. Os quadrimotores vieram para substituir o DC-3 na rota para os Estados Unidos e ampliar as rotas internacionais para Montevidéu e Buenos Aires. Os três DC-4 foram batizados de "General San Martin", "Duque de Caxias" e "George Washington". Os três aviões foram batizados oficialmente no dia 25 de agosto, no aeroporto do Galeão. A Aerovias Brasil chamava essas aeronaves de "Senhores do Céu", fazendo referência ao seu apelido americano "Skymaster". O DC-4 General San Martin foi o responsável por inaugurar a rota Rio de Janeiro - São Paulo - Porto Alegre - Buenos Aires. Já a rota para Montevidéu só foi inaugurada em fevereiro de 1953.

Os DC-4 foram assumidos pela Real a partir de 1954. Todos eles passaram por uma revisão e ganharam novo interior, ampliando a capacidade de 44 para 52 passageiros. Os DC-4 reduziram o tempo de viagem do Brasil até os Estados Unidos para 24h, num voo com três escalas.

Em 1956 foi incorporado o quarto DC-4, PP-YRO. Porém em novembro de 1957 o PP-AXS se acidentou. Os demais DC-4 foram vendidos para o Lóide Aéreo, e posteriormente voaram na Vasp, sendo substituídos na Real pelos DC-6 e Super H Constellation.


Batismo dos DC-4 / Voo inaugural para Montevidéu

 Total de Aeronaves Operadas: 4
Comprimento: 28,60 m
Envergadura: 35,81 m
Altura: 8,83 m
Motores:
4x Pratt & Whitney R-2000-2SD-BG
Velocidade máxima: 450 km/h
Passageiros: 40, 44, 52 ou 55

Matricula

Modelo

Origem

Destino

PP-AXQ

C-54B-DO (DC-4)

Southern Airlines

 Loide Aéreo Nacional

PP-AXR

C-54B-DO (DC-4)

Southern Airlines

Loide Aéreo Nacional

PP-AXS

C-54B-DO (DC-4)

Southern Airlines

destruído

PP-XEF

DC-4 (civil C-54)

encomenda cancelada

 

PP-XFD

DC-4 (civil C-54)

encomenda cancelada

 

PP-YRO

C-54A-DC (DC-4)

Flying Tigers

Loide Aéreo Nacional

 

Convair 340 / Convair 440
(1954-1961) / (1956-1961)

Os Convair 340 eram as aeronaves mais modernas nas linhas nacionais na época. O Convair 340 foi planejada para substituir aos antigos DC-3. A concorrente Varig adquiriu aeronaves CV-240, enquanto a Real adquiriu somente os modelos mais novos (CV-340 e CV-440), batizados pela companhia de Super-Convair. O primeiro voo com o Convair 340 aconteceu em dezembro de 1954, na rota São Paulo - Porto Alegre. A segunda rota foi de São Paulo para Recife, no mesmo mês. Além dos destinos nacionais, os Convair também operaram para Montevidéu e Buenos Aires.

Os dois primeiros Convair 440 chegaram em 1956, quando o consórcio Real-Aerovias-Nacional já estava operando seis Convair 340. Em 1958 o consórcio já estava operando vinte unidades, sendo seis Convair 340 e quatorze Convair 440. Eles representavam o que havia de mais moderno na época para voos nacionais e logo se tornaram sucesso entre os passageiros. Os Convair podiam voar muito mais rápido do que os DC-3 e possuíam cabine pressurizada e com ar condicionado, oferecendo muito mais conforto para os passageiros.

 Total de Aeronaves Operadas: 6 (340) / 12 (440)
Comprimento: 24,84 m
Envergadura: 32
,12 m
Altura: 8
,89 m
Motores: 2
x Pratt & Whitney R-2800
Velocidade de cruzeiro: 451 km/h
Passageiros: 40

Matricula

Modelo

Origem

Destino

PP-AQA

CV-440-85

General Dynamics

Varig

PP-AQB

CV-440-62

 

Varig

PP-AQC

CV-440-62

 

Varig

PP-AQD

CV-440-62

 

Varig

PP-AQE

CV-440-62

 

destruído

PP-AQF

CV-440-62

 

Varig

PP-YRA

CV-340-62

 

Varig

PP-YRB

CV-340-62

 

destruído

PP-YRC

CV-340-62

 

Varig

PP-YRD

CV-340-62

 

Varig

PP-YRE

CV-340-62

 

General Dynamics

PP-YRF

CV-340-62

 

General Dynamics

PP-YRG

CV-440-62

 

Varig

PP-YRH

CV-440-62

 

Varig

PP-YRI

CV-440-62

 

Varig

PP-YRJ

CV-440-62

 

Varig

PP-YRK

CV-440-62

 

Varig

PP-YRL

CV-440-62

 

Varig

PP-YRM

CV-440-62

encomenda cancelada  

PP-YRN

CV-440-62

encomenda cancelada  

PP-YRO

CV-440-62

encomenda cancelada  

PP-YRP

CV-440-62

General Dynamics

Varig

 

Lockheed L-1049 Super H Constellation
(1958-1961)


Mel Lawrence

Em fevereiro e março de 1958 a Real recebeu as quatro unidades encomendadas do moderno L-1049H Super Constellation. Essa versão era bem parecida com o L-1049G. A única diferença era a porta de carga embutida, que permitia a fácil conversão para cargueiro. Na época a Real concorria com a Varig e gabava-se de ter um modelo mais moderno que a rival, anunciando o "Super H", contra os modelos Super G da Varig. A Varig respondeu chamando as suas aeronaves de "Super Intercontinental" e anunciando a aeronave como "Super I". Porém a versão I nunca existiu.
As primeiras rotas operadas pelo Super Constellation da Real foi para Buenos Aires e Miami. O Super H reduziu o tempo de voo até os Estados Unidos para 15h30, em um voo com apenas uma escala. O Super H da Real possuía luz de leitura individual, poltronas reclináveis, dois salões de jogos e leitura, sistema de música hi-fi, barman e aeromoças especialmente treinadas para cuidar de crianças. Diferentemente da concorrente Varig, a Real optou por configurar seus Super H apenas com uma classe, tornando a aeronave capaz de levar mais passageiros. Em suas propagandas, a Real anunciava o Super H como o "Voo Scheherazade". Na lenda persa Scheherazade era a narradora dos contos de As Mil e Uma Noites, com histórias fantásticas que faziam o tempo passar sem os ouvintes perceberem.

Em 1959 a Real cancelou os voos para Chicago devido à baixa demanda, mas iniciou voos para Los Angeles, Bogotá e México, uma vez por semana. Já os voos para Miami tiveram as frequências reduzidas de quatro para três vezes por semana. Em 1960 os Super H Constellation inauguraram a rota entre Rio de Janeiro e Tokyo, a rota mais longa já operada pela companhia. Os voos para o Japão eram uma extensão dos voos para Los Angeles, que passaram a ser operados duas vezes por semana.

A Real já havia definido o substituto do Super H Constellation, seria o Convair 990 - o jato mais veloz da sua época. Porém a Real nunca chegou a receber o seu primeiro jato. Em 1961 ela foi adquirida pela Varig.

Após a compra pela Varig, os Super H Constellation continuaram operando por mais alguns anos, porém apenas no transporte de carga. Os voos internacionais passaram a ser servidos por jatos e o voo até Tokyo foi cancelado. A Varig só iniciou seus voos para o Japão em 1968.


Apresentação do L1049 em Congonhas, abril de 1958

 Total de Aeronaves Operadas: 4
Comprimento: 37,62 m
Envergadura:
37,49 m
Altura:
7,21 m
Motores: 4
x Wright Cyclone
Velocidade de cruzeiro: 491 km/h
Passageiros: 84 (apenas classe turística)

Matricula

Modelo

Origem

Destino

PP-YSA

L.1049H/01-03-159

Lockheed

Varig

PP-YSB

L.1049H/01-03-159

Lockheed

Varig

PP-YSC

L.1049H/01-03-159

Lockheed

Varig

PP-YSD

L.1049H/01-03-159

Lockheed

Varig

 

Aero Commander 560/680
(1959-1961)

 

> Veja sobre o Aero Commander clicando aqui

 

Matricula

Modelo

Origem

Destino

PP-YQT

Aero Commander 560E

 

Bata Bahia Taxi Aéreo

PP-YQU

Aero Commander 680E

 

 Aerosul Taxi Aéreo

 

Douglas DC-6
(1961)


Mel Lawrence

O DC-6 foi o último modelo operado pela Real, antes de ser comprada pela Varig. Sua principal diferença são as janelas quadradas e sua cabine pressurizada. Foram originalmente operados pela Loide Aéreo, mas foram repassados para a Vasp e Real. As três primeiras unidades chegaram em fevereiro de 1961. Mais tarde chegaram mais duas unidades, totalizando cinco DC-6. Eles foram utilizados para voos domésticos com grande demanda, além dos voos internacionais, principalmente para Montevidéu e Buenos Aires.

Ainda em 1961 a Real foi adquirida pela Varig e os DC-6 passaram a operar em rotas domésticas até serem repassados para a FAB em 1970.
A Real também iria receber os Electra II e Convair 990, mas essas aeronaves foram recebidas pela
Varig.

 

Total de Aeronaves Operadas: 3
Comprimento: 32,18 m
Envergadura: 35,81 m
Altura: 8,66 m
Motores:
4x Pratt & Whitney R-2800 CB-16
Velocidade de cruzeiro: 507 km/h
Passageiros: 80
Alcance de voo: 4830 km
Altitude máxima de cruzeiro: 7620 m
Peso da aeronave vazia: 25077 kg
Peso máximo de decolagem: 48534 kg

Matricula

Modelo

Origem

Destino

PP-YSI

DC-6B

SAS

Varig

PP-YSJ

DC-6B

SAS

Varig

PP-YSL

DC-6B

SAS

Varig

PP-YSM

DC-6B

Northwest Varig

PP-YSN

DC-6B

Northwest Varig
 

 

Aviação Comercial.net